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9.1.13

Entrevista dada por Hayley á Alternative Punk traduzida!

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Hayley Williams deu uma entrevista recentemente ao site Alternative Punk. Confira abaixo a entrevista traduzida pelos nossos amigos do site Paramore BR:


Introdução do Preview:
Eu fui sortudo o suficiente pra conseguir perguntar à Hayley Williams sobre o próximo álbum do Paramore que sai em alguns meses. Falamos sobre a sonoridade do novo álbum, os últimos 3 anos turbulentos da banda e mais.
da entrevista:

Entrevista Completa:

Já faz mais ou menos 3 anos desde que o Paramore lançou seu último álbum, “Brand New Eyes”. Com a antecipação do álbum auto-intitulado da banda em um momento de alta, eu tive a chance de perguntar algumas coisas para líder da banda, Hayley Williams. Discutimos sobre quais os rumos que a banda tomou musicalmente, suas vidas pessoais e como isso interfere nas letras e tudo que há nesse meio. Se você achou que a banda iria diminuir o ritmo depois dos últimos anos turbulentos, você está redondamente enganado. A banda parece mais focada e revitalizada, pronta para entregar o melhor álbum deles até hoje.

KI: Acho que o melhor assunto para começarmos é o novo single “Now”. Por que essa foi primeira escolha para single? Como você o descreveria em relação aos singles anteriores?

HW: Pra ser sincera, eu fiquei surpresa de todos – em relação à FBR – estarem tão preparados para lançarem “Now” primeiro. É um pouco mais pesada, se comparada a algumas das outras músicas. O negócio é que qualquer um poderia ter escolhido qualquer outra música para esse single que eu estaria tranquila com isso. Isso é incomum pra mim. Nos álbuns passados, eu tive uma convicção muito forte sobre uma música em particular de cada um deles. Por exemplo: os rapazes e eu convencemos muitas pessoas de que “Misery Business” deveria ser nosso primeiro single pro “Riot!”. Nós simplesmente sabíamos que deveria ser ela. Não é que não tenhamos fortes sentimentos por “Now”… aconteceu de a gente ter essa forte convicção com todas as músicas do álbum!

KI: Vocês decidiram auto-intitular o álbum. Você acha que isso é uma grande afirmação? As bandas tendem a auto-intitularem o álbum quando eles sentem que é indicativo do som que eles querem perpetrar. Você pensa que esse é o som que vocês têm tentado alcançar com a banda?

HW: Não seria certo nomear músicas que chegam até nós como um relâmpago. Quer dizer, não poderíamos ter forçado esse álbum nem se quiséssemos. E nós tentamos, em certo momento. Apesar de saber que o processo de composição foi desgastante em certos momentos, quando eu lembro um pouco disso, todas as músicas acabaram simplesmente acontecendo! Eles trabalharam e parecia bem natural. Nomeamos a gravação do que ela é. Somos nós mesmos. Espero que isso passe algo importante aos nossos fãs.

KI: Como o processo de composição dessa vez diferiu das outras anteriores? Sem querer revirar o passado, deve ter havido uma mudança no andamento sem os dois membros originais da banda. Você sente que a mudança ajudou você, Jeremy e Taylor a crescerem como compositores e artistas?

HW: Com certeza. Eu sou muito grata por tudo o que nós passamos. Você realmente aprende mais quando se está mal… eu acredito nisso. Isso muda alguma coisa na sua perspectiva e eu nunca vi nós 3 tão claramente. Taylor e Jerm são tão talentosos. Nós precisamos um do outro durante esse processo porque sim, no início, era um território estranho e inexplorado. Então, novamente, se nós não tivéssemos lutado juntos, talvez nunca tivéssemos feito a decisão espontânea de nos abrirmos a todas as possibilidades. Musicalmente, eu acho que o maior crescimento veio da parte do Taylor, que agora virou um compositor muito importante para a banda. Vocês ouvirão a personalidade dele de cientista-maluco aparecer muito nesse álbum, já que ele nunca teve a mesma oportunidade de fazê-lo. Jeremy, como sempre, veio com as mais legais linhas musicais no baixo. Até compormos esse álbum, eu não o ouvia tocar desse jeito desde os primórdios da nossa banda, quando nos conhecemos. Estou orgulhosa dos meus amigos, eles arrasaram!

KI: Em relação às letras, você acha que esse álbum vai ter um sentimento diferente por conta do momento em que cada um de vocês está passando na vida? Você, claro, com seu relacionamento com Chad Gilbert, o casamento do Jeremy e tudo mais que aconteceu nesses últimos quatro anos.

Nos últimos 2 anos, eu finalmente tive um pouco mais de tempo e espaço para crescer e me tornar uma mulher. Então, sim… eu diria que minhas letras têm um sentimento diferente. Ainda bem que elas cresceram junto comigo.
Até onde for o amor, eu estou mais mergulhada nele do que nunca. Ver um dos meus melhores amigos tão feliz com o casamento me inspira de uma forma muito boa para continuar acreditando no amor. É difícil, cara! Eu tenho que lutar com o meu eu realista que há em mim algumas vezes. Mesmo assim, temos umas duas músicas muito engraçadinhas sobre o amor nesse álbum. Tenho certeza que sempre haverá aquela adolescente cheia de raiva e nervosa dentro de mim enquanto estiver nesse mundo maluco! Mas, caramba, é muito libertador você poder sentir tudo à sua volta pelo menos uma vez.


KI: Eu ouvi dizer através de um boato que o som do novo álbum pode ser comparado com os gostos do Metric, isso é realmente verdade e quais foram algumas influências quando começou a escrever e gravar?

HW: Eu estaria mentindo se dissesse que nós não ouvimos mais música eletrônica coletivamente durante esse processo do que nunca antes. Eu acho que é porque esse gênero está muito na moda agora. Ainda assim, eu não diria que o nosso som parece com nenhuma dessas bandas. Soa mais como se alguém tivesse deixado nós explodirmos em um castelo cheio de instrumentos, e nós aproveitamos tudo isso com um… propósito?
Taylor estava escutando muito Alt-J, eu estava escutando aquela rádio, Sirius XM, um programa chamado “1st Wave”, só deixando minhas vibes “góticas” ligadas no carro, e Jeremy nos deixou bem informados sobre o que há de novo no Hip-Hop. O dubstep não foi tocado no processo de gravação desse álbum.

KI: Quando o álbum for lançado, fará 3 anos e meio desde que o último álbum, Brand New Eyes, foi lançado. Esse intervalo foi a maior pausa para vocês como banda, (com exceção dos “Singles Club”), você sente que foi criada uma maior pressão para este álbum?

HW: Na verdade, eu acho que foi o oposto disso. Apesar de nós nunca termos ido a lugar algum, precisávamos ir a algum lugar por um minuto. O drama foi um tédio para mim, então eu não consigo imaginar quão tedioso foi para os fãs. Especialmente para os que não eram fãs! Eu quase conseguia escutá-los “Ugh, lá vai o Paramore de novo, agindo como se fossem um monte de fedelhos da escola primária!” O tempo que tivemos foi bom para deixar a poeira baixar, e parece que estamos tendo uma segunda chance. Talvez agora as pessoas possam ouvir nossa música pelo o que ela é, e não pela velha história de que sempre somos capa de todas as pequenas revistas.

KI: Sobre os detalhes do álbum, você pode compartilhar alguma informação a mais sobre as gravações? Como título de músicas, duração do álbum, etc?

HW: Esse é o álbum mais longo que já gravamos. Estou orgulhosa disso. Pra ser sincera, quando começamos a compô-lo, até mesmo completar 5 músicas parecia algo impossível! Sobre os títulos, não tenho certeza se nós já divulgamos a lista de faixas do álbum, mas eu provavelmente esperaria saber sobre isso antes de arruinar alguma surpresa, como sempre faço!

KI: Vocês já possuem algumas datas de tour internacional anunciadas com metiwhoutYou em fevereiro e depois alguns festivais logo após. Quando as pessoas poderão ver o Paramore? E você pode nos dar alguma pista sobre quem vai se juntar a vocês? Talvez uma outra parceria com Tegan e Sara?

HW: As datas dos shows com mewithoutYou são apenas o início! Nós queremos estar em tantos lugares quanto pudermos. Não acredito que estaremos arrebentando junto com minha banda favorita. A vida dá voltas! A banda Kitten abriu nosso show em Pomona, CA, no ano passado, e gostaríamos de tocar mais vezes com eles. Eu amo tanto Candy Hearts e creio que nossos fãs adorariam vê-los ao vivo. Também, se pudéssemos tocar algumas vezes com Shiny Toy Guns, então eu e a minha amiga Carah poderíamos dividir o palco algumas vezes. Ela é a melhor. Basicamente, existem muitas mulheres incríveis no mundo da música que eu adoro e 2013 vai ser um excelente ano para todas elas, com ou sem o tour do Paramore.

KI: Além das questões sobre o novo álbum, os leitores gostariam de saber: você tem planos para fazer um projeto solo? Ou talvez algum projeto paralelo com o Chad?

HW: Projeto solo? Quem sabe! Agora eu estou mais focada no Paramore do que antes. Nem pensei nessa possibilidade. Então, eu realmente não consigo pensar tão a frente. Sobre os projetos com o Chad… eu mal consigo acompanhá-lo! Ele me mostra umas 10 novas ideias de músicas todos os dias! É muito inspirador. Nós compomos e tocamos juntos apenas por diversão mas não há nenhum projeto ainda para falarmos sobre. Que fique registrado que, se ele gravar um cover de “Enter the Sandman” no violão, fui eu quem o ensinou a forma correta de tocá-la. Você pode chamar isso de um projeto que articulamos juntos.



KI: Vocês fizeram turnê com o No Doubt há alguns anos, a banda que tem sido um dos maiores emblemáticos ícones femininos de bandas de rock de todos os tempos. Será que Gwen tem truques de comércio ou conhecimento para compartilhar com você?

HW: Gwen é incrível. Ela desceu para a terra e ela trabalha sua bunda à fora! Eu não posso nem ressaltar o quanto ela faz em um dia de turnê. Nunca houve uma coisa que ela disse que a prendeu mas ela sempre foi incentivada à coragem. O simples fato de que a banda está junta é motivação o suficiente, certo? Eu não tenho certeza se isso vai sair do jeito certo, mas ao ver sua vida e tudo o que ela faz, eu posso dizer que eu desejo que a fama e o sucesso não sejam coisas que andam de mãos dadas uns com os outros no mundo da música. A “fama” da parte musical é falsa de qualquer jeito. Eu estarei em êxtase se nosso álbum se sair bem e as pessoas amarem… Mas eu ainda me sinto chateada cada vez que vou para Los Angeles e um papparazzi – que não tem ideia de quem eu sou – começa a tirar fotos de mim me chamando de “Kayley”. Eu ainda estarei constrangida se andarmos em um tapete vermelho, todos bem vestidos, e alguém me perguntar o que eu achei do novo corte de cabelo da Miley Cyrus. Você está brincando comigo? Isso é realmente o que significa ser chamado de “famoso” no país e essas coisas são sem significado. Eu gosto da parte do trabalho, a parte criativa, e a conexão que eu faço com pessoas reais da música. Então, quando as pessoas dizem que eu sou a próxima Gwen Stefani, eu não penso na Gwen que aparece na capa de uma revista. Eu penso na garota que escreveu “Simple Kind Of Life” e agora, anos depois, sorri todas as noites no palco quando ela canta a frase “I always though I’d be a mom (Eu sempre pensei que seria uma mãe)”. Ela tem objetivos e sonhos pessoais e já alcançou muitos deles. E eu acho que ela iria desejar todas essas coisas mesmo que não tivesse ninguém prestando atenção.

KI: Podemos esperar que você tenha convidado algum vocalista para alguma música nova assim como você fez com o mewithoutYou? Se não, tem alguém que você gostaria de trabalhar junto?

HW: Eu adoraria trabalhar com o Bruno Mars. Músicas ‘motown’ e o velho R&B são algumas das minhas coisas favoritas e ele apenas “cheira” a tudo isso. Não é apenas uma influência para ele. Quero dizer, isso parece estar correndo em suas veias. Jeremy e Taylor amam essas coisas também, então seria divertido à beça ser sua “banda de apoio” em uma música. Também tem Glen Hansard do The Swell Season. Quando eu escrevi “In the Mourning” (do EP Singles Club), sua voz estava em minha cabeça.

KI: Mesmo que vocês estejam fazendo shows enormes agora, você ainda está reverenciada como um “daqueles” que fizeram cena como Fall Out Boy, My Chemical Romance e agora Fun, e as pessoas respeitam a sua opinião quando isso vai para a música. Quais são as pequenas bandas que você acha que as pessoas deveriam estar ouvindo?

HW: Bom, obrigada! Isso significa muito. Eu sei que fui mencionada numa dessas bandas antes mas eles estão trabalhando significadamente de novo. Eu realmente acho que Kitten irá fazer sua marca logo. Chloe é uma estrela da fool dance! As pessoas devem entrar na deles agora, enquanto ainda são uma banda menor. O mesmo vale para Candy Hearts. É uma extremidade oposta do espectro musical. Mariel é uma contadora de histórias reais. Suas letras são do tipo que os jovens, especialmente as garotas, podem se encaixar e sentir esperança de se sentir menos sozinha. Diamond Youth é outra banda que eu estou escutando muito no momento. É ótimo ouvir um cara que realmente REALMENTE canta para uma banda de rock. Por último, alguns dos nossos companheiros de gravadora, Twenty one Pilots. Boa grife! Se essa banda não for abraçada em um ano, então não há justiça nesse mundo.

KI: Há alguma coisa que você deseja dizer para os leitores, para encerrarmos?

HW: Obrigada por ter lido minhas longas respostas! É que eu estou tão ansiosa para voltar. Se você tem sido um fã por um tempo, obrigada por estar conosco durante toda a BS. Espero que façamos mais um fã entre vocês com nosso novo álbum. Eu acredito completamente que isso tem poder!

KI: Muito obrigada, Hayley!

HW: De nada! Obrigada você!

O novo single do Paramore, ‘Now’, estará disponível no dia 22 de janeiro para todos os distribuidores digitais. O cd auto-intitulado da banda será lançado no dia 9 de abril de 2013 pela gravadora Fueled By Ramen.




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