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15.3.13

Entrevista da Hayley Williams para a SPIN

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Hayley Williams concedeu uma entrevista para o site da SPIN. Entre muitos assuntos, curiosidades sobre o novo álbum, a nova onda vegetariana e muito mais!


Você disse que haverá dubstep no novo álbum, mas nem todas as músicas serão assim. Qual foi a mentalidade para tal mudança?

H: “A mentalidade era, tipo, não temos ideia do que estamos fazendo. Encontramos muita liberdade em deixar tudo acontecer, porque nós tentamos forçar no começo. Nos primeiros meses, lutamos loucamente para escrever. Mas quando estávamos escrevendo, na verdade tentávamos recriar o que o Paramore já havia feito. E isso não fez sentido, porque já estava acabado.”

Seu produtor, Justin Meldal-Johnsen, disse a um entrevistador recentemente que ele havia sido “abençoado com um claro mandato” quando entrou no estúdio com vocês. Qual foi este mandato?

H: “Parecia que nossa banda havia começado do zero, tudo de novo. Portanto, não tínhamos ideias iniciais de como as coisas deveriam ser. Foi apenas, como poderia ser? Ou até onde podemos levar isso? Isso se tornou um bando de garotos se jogando em torno dos instrumentos todos os dias. ‘Ah, me deixa tentar isso! O que isso parece? O que isso faz?’. O mandato, eu acho que, se houver algum, era tentar de tudo pelo menos uma vez.”

Por que você abraça o cara assustador vestindo aquela boina no final do vídeo de “Now”?

H: “Nossa banda já passou por muita coisa, nós já tivemos altos e baixos e o vídeo retrata a luta que tivemos. E a melhor maneira de lutar contra isso é não repetindo as ofensas. É uma espécie de – Você já assistiu Looper? Looper era tão brilhante, e eu levei uma eternidade para finalmente ver isso, mas o jeito que o filme termina e a mensagem por trás dele é tão altruísta. É essa a mensagem que nós tentamos passar, que você não pode continuar fazendo as mesmas coisas se você quer um resultado diferente. E eu sinto que no final do dia o amor sempre vence.”

“Now” parece ser a única música que vocês estão tocando ao vivo até agora. Você tem um show dia 13 de março no South By Southwest chegando. O que as pessoas podem esperar quando vocês tocarem?

H: “Temos um dia de ensaio antes do nosso show. O show é até a meia-noite, o que, para mim, é como 10 horas após minha hora de dormir. Na verdade, estou realmente muito ansiosa para curtir com nossos fãs e me sentir numa festa. E há tantas bandas que amamos abrindo o show – Kitten, 21 Pilots, que é da nossa mesma gravadora, e Tegan & Sara que são algumas de nossas amigas. Eu realmente acho que será uma grande festa. Nós com certeza iremos tocar “Now”. Nós talvez devemos ter outra carta na manga.”

Parece que você e Chad (Gilbert, namorado de Hayley e guitarrista do New Found Glory) estão indo para diferentes turnês após o SXSW. É difícil?

H: “É a nossa vida. Nós sempre, sempre fazemos turnê. Mas honestamente, isso é ótimo. Nós dois amamos o que fazemos e nos apoiamos, e amamos o fato de estarmos fazendo o que gostamos.”

A primeira música do álbum, “Fast In My Car”, tem você cantando sobre “os três de nós” e “segundas chances”. Quanto esse novo álbum é autobiográfico sobre as mudanças de formação do Paramore?

H: “O álbum inteiro é autobiográfico, mas não é sobre as mudanças de formação ou a perda de dois membros da banda. Eu não quero escrever mais um ábum sobre estar em uma banda. Nem todo mundo está em uma, então as pessoas não se identificam com isso. Eu só quis escrever sobre as coisas que eu senti. E enquanto eu acho que há tons disso nas músicas – Eu realmente não posso me desviar das coisas que eu já passei, então, obviamente, isso acaba aparecendo – nenhuma das músicas são sobre Zac e Josh terem saído da banda.

‘Fast In My Car’ é realmente sobre pessoas que não conseguem se desprender do passado. É sobre querer ser deixado sozinho o suficiente para crescer e seguir em frente e gostar do lugar onde você está.”

Há algumas músicas – “Anklebiters” e “Be Alone” – que parecem ser sobre pessoas que não conseguem pensar por si mesmos.

H: “‘Anklebiters’ veio disso que as pessoas chamam de “criancinhas”. Mas para mim essa coisa de crescer e avançar é a discussão no álbum. E quando você faz isso em sua vida, há sempre pessoas que estão tentando te impedir. Ou então tentarão te dizer ‘Você não precisa fazer isso, porque esse é o caminho certo a seguir’ ou porque você não precisa crescer, porque isso, porque aquilo. É sobre essas coisas, e é sobre ouvir isso, mas principalmente ouvir seu coração, e o que você quer da sua vida. ‘Quem você quer ser?’ versus toda a influência de fora que eu acho que nos envolve tanto, especialmente na era da internet e todas as opiniões diferentes que ouvimos tão alto todos os dias.”

Patrick Stump do Fall Out Boy escreveu um post em seu blog muito recentemente sobre esse mesmo assunto. Nos sentimos mais confortáveis em voz alta e talvez até ignorantes dizendo as coisas que odiamos em vez das que amamos. Há uma insegurança paralisante.

H: “Eu vi um parágrafo ou dois, e eu concordo totalmente com ele. Em certo sentido, você precisa dessas coisas, especialmente alguém como eu. Eu tenho essa tendência de adorar provar que as pessoas estão erradas. Às vezes é bom pôr combustível no fogo. Mas por que gastar tanto tempo com coisas negativas? E por que a internet e aplicativos de redes sociais como o Twitter ou Instagram tornaram tão fácil para as pessoas odiarem? Eu realmente não entendo.
Eu me sinto crescendo, mesmo quando eu era muito jovem e mesmo quando eu provavelmente tinha todas as desculpas para estar chateada com as coisas mais idiotas, eu nunca fui negativa como algumas pessoas que eu vejo me respondendo ou comentando sobre mim no Twitter ou Instagram. E no final do dia, eu tenho que, como eu disse antes, aprender a parar o ciclo e simplesmente ignorá-lo. E me concentrar nas coisas positivas que ouço. Porque no final, realmente existem mais coisas positivas do que negativas lá fora.”

Você mencionou antes que Taylor estava ouvindo muito Alt-J e você um monte de músicas góticas dos anos 80, junto com synth-pop. Há mais alguma coisa que você estava ouvindo enquanto trabalhava no disco que possa ter interferido nele?

H: “Mais recentemente eu ouvi esse álbum do Miguel, que é incrível. Eu meio que me tornei viciada em Blondie quando começamos a escrever, mas depois no processo de gravação, no final, eu fiquei viciada novamente em Sioxsie and the Banshees. Eu amo esses sons, e esse sentimento que eu tenho quando ouço álbuns antigos. Eles têm muito coração e alma no jeito que tocam, você não pode negar isso.”

Você é uma grande fã de Morrissey, né? Esteve em LA no show em Staples Center?

H: “Eu tenho que dizer que, no final do dia, eu sou mais fã de Smiths do que de Morrissey. Mas eu perdi essa e eu tive alguns amigos que foram. Eu vi algumas fotos no Instagram e parece que foi radical. Mas é claro que foi.”

Você é vegetariana? Ele quase conseguiu que a Staples Center parasse de comer carne.

H: “Não, eu não sou uma vegetariana. Eu como dessa forma. Eu realmente gosto de comida vegan. Eu me sinto melhor quando eu como, e eu acho que houve grandes provas que estão vindo ao longo dos últimos anos sobre produtos lácteos e carnes não serem tão bons assim. No entanto, todo mundo é diferente. É assim que me sinto quando como isso. Eu como carne de vez em quando, mas isso não faz eu me sentir bem.”

Você já ouviu as músicas que o Zac lançou como HalfNoise?

H: “Eu não ouvi, mas eu sei que o Taylor ouviu.”

Justin obviamente costumava tocar no Nine Inch Nails. Você ouvir a mistura de “Head Like a Hole” – “Call Me Maybe” que saiu no outro dia?

H: “Uau, sério? Eu estou indo para o Google assim que eu desligar o telefone.”


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