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9.3.13

'Paramore' terá influencias de Michael Jackson

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O Paramore deu uma entrevista para Sean  Adamns da Drowned Sound, super detalhada sobre o novo álbum, explicando o por que do novo álbum ser auto-intitulado e revelou tambem que "Ain't It Fun" tem influencias de Michael Jackson.


Sean Adams (DIS): Por favor, listem os ingredientes do novo álbum, porque eu fiquei surpreso em ouvir alguns glockenspiel nele. E eu estava lendo uma uma entrevista interessante com o seu produtor Justin Meldel-Johnson, onde ele disse que houveram guitarras tocadas através de sintetizadores. O que mais entrou na mistura?
Taylor York: Tudo. Tudo que veio à mente – nós ao menos demos uma chance a todas as ideias válidas. Então, há todo tipo de sintetizadores, guitarras, um coral gospel, nós fizemos uma seção de cordas, sim, nós pusemos guitarras através de sintetizadores estranhos e nós as torcemos. Eu não acho que não há algo inovador, mas foi certamente novo para nós, foi inovador para nós, pessoalmente falando.

DIS: De quem era o equipamento jogado pelo estúdio? Havia algum dos sintetizadores do Beck ainda por lá?
Hayley Williams:  Tinha muitas coisas do Beck….
TY: Ele tinha histórias sobre tudo, mas age como se fosse realmente normal.
HW: Porque é normal pra ele.

DIS: Em qual estúdio vocês estiveram?
HW: Na verdade, nós estivemos em alguns lugares diferentes, porque fizemos uma pré-produção em um estúdio meio que de ensaio, chamado Swinghouse. Fizemos as baterias em Sunset Sound, que é muito famoso e também estivemos no espaço que o Prince construiu… ele viveu lá, pelo que eu ouvi, por cerca de dois anos, ou alguma coisa assim.
HW: Nós ficamos nesse espaço só relaxando. Então fomos do Sunset Sound para a casa do JMJ.
TY: Chez JMJ, ele chama. Nós ficamos chamando de “Shaise” JMJ.
HW: Então, nós estivemos em alguns lugares diferentes, mas nós ficamos no Justin na maior parte do tempo e foi legal. Fazer esse álbum foi um grande trajeto.

DIS: Haviam algumas notas rabiscadas pelo Prince na parede, que serviu para inspirá-los? 
TY: Não, só o banheiro pessoal que ele construiu que nós usávamos todo o dia. Só de saber que nós dividimos um banheiro com ele…
Jeremy Davis: As coisas mais criativas vêm quando você está no banheiro. Várias boas ideias!
TY: Nós canalizamos a energia do Prince!

DIS: LA é uma cidade muito bizarra, um lugar sem coração e não há um centro. Contextualizando, ajudou a vocês a ir em uma busca pelo coração de LA e talvez sua própria jornada para achar o novo núcleo da banda?
HW: Não há um coração! Não há nenhum coração no álbum e isso sugou a vida de todos nós! [risos] Não! Eu não sei. LA foi realmente muito agradável, porque nós não estávamos tão distraídos com o conforto de casa. Eu acho que  foi o lugar e o momento ideais para estarmos lá. Eu me mudei algumas semanas antes dos meninos chegarem. Definitivamente passei por umas duas semanas febris onde eu me sentia como “Eu odeio!”, mas eu realmente gosto. Eu só não vou aos lugares da “moda”.

DIS: Eu acho que há uma frase do Bukowski onde ele disse que as pessoas tentam criar um coração para LA porque não há um, os artistas meio que compensam. Eu percebi mesmo que algumas das letras do álbum são muito mais delicadas que anteriormente.
HW: Sim, eu concordaria com isso, sobre LA, para esse álbum eu estava focando liricamente em algumas coisas. Eu não ia me permitir ficar furiosa novamente. Eu só queria desfrutar de todo o processo e eu sentia que estava tendo o meu tempo em casa para crescer e me tornar uma mulher de 24 anos – Eu tinha acabado de completar 24, mas… você sabe do que eu estou falando. Parecia que eu tinha um pequeno espaço para delicadeza, estava tudo bem dessa vez. Antes não estava tudo ‘ok’, eu era como uma concha, daquelas bem duras.

DIS: Em termos do processo, quando suas músicas começaram para esse álbum? Eu imagino que tenha sido um processo levemente diferente dos álbuns anteriores, mas foi um dos caras no estúdio de ensaio ou foi algo como trocando músicas entre vocês?
TY: Toda vez acontece de uma forma diferente, com certeza, é meio que… nós estávamos só tentando entender cada dia, às vezes… as músicas costumavam ser escritas musicalmente, então mandávamos para Hayley e ela fazia toda a melodia, letras em cima disso e então funcionava assim. Nós tentamos fazer isso com esse álbum e simplesmente não funcionou. Nenhum dos truques antigos funcionaram desta vez, o que foi péssimo no começo, mas então eu senti que nós tínhamos despertado um sentido real para as coisas. Parecia que nós estávamos vivos novamente. Não era como se estivéssemos preocupados, porque as coisas estavam diferentes, mas havia meio que essa energia nervosa, como “a gente consegue?”, nos impulsionando. Foi uma coisa realmente saudável. Mas, sim, algumas vezes nós começávamos com um riff de guitarra e haviam várias ideias que estavam escritas,mas que não se encaixavam. Foi diferente em cada música, honestamente. Não havia realmente uma fórmula para fazer.

DIS: Quanto da escrita aconteceu no estúdio e quanto já estava realmente pronto?
HW: Surpreendentemente, já tínhamos muitas coisas prontas, antes mesmo de entrar na fase de gravação. Isso nunca aconteceu, nós eramos sempre assim… acho que eu estava contando à alguém sobre quando nós fomos ao estúdio com o Rob Cavallo, para o Brand New Eyes. Nós tínhamos quatro músicas. E era isso.
TY: As músicas em seu núcleo estavam escritas, mas muita coisa aconteceu no estúdio. Todas elas passaram por uma grande transformação, porque nós não tínhamos cinco pessoas para trabalhar nelas, como nessas partes diferentes de guitarra e aquela parte de bateria… nós podíamos fazer apenas uma parte antecipadamente. Eu acho que foi realmente legal, porque a tela estava em branco e eu senti como se nós tivéssemos mais espaço para explorar. É engraçado, em muitas das vezes nós deixaríamos desse jeito. Ao contrário do que era antes, eu acho, que nós tentávamos apenas não tumultuar, isso é muito negativo… tentávamos preencher todo o espaço. Eu acho que nesse álbum houve horas em que o Justin disse que estava ‘ok’, que só havia uma parte de guitarra, mas que não precisávamos das coisas que sempre fazíamos.

DIS: As músicas de vocês sempre tiveram um certo tipo de clareza, mesmo nas parte mais rápidas, mas ainda soam como aqueles enormes hinos, que você vê em bandas como o U2, onde diminuíram as batidas por minuto, para permitir que as coisas se espalhassem pelas arenas e para fazer com que tudo soasse maior. As músicas de vocês são realmente tão rápidas que deve haver um ponto em que vocês tem que apenas destumultuar um pouquinho. 
TY: Sim, totalmente!

DIS: Houve uma faixa em particular, que quando foi finalizada vocês ou Justin sentiram que tinham começado a entender para onde o álbum estava caminhando?
JD: Eu acho que entramos em uma rotina de gravação e algumas das coisas nós adicionávamos, não que cada música fosse diferente. Na parte final nós nem tínhamos definido a ordem das faixas ou coisas do tipo. E na verdade, quando começamos a pensar nisso, as coisas fizeram mais sentido e foram se juntanto para, finalmente parecerem um álbum. Mas sim, nós definitivamente entramos numa rotina depois de duas ou três músicas e eu acho que isso foi importante para o álbum soar constante de uma forma geral.

DIS: O álbum teve algum tipo de manifesto quando vocês começaram? O álbum que Justin trabalhou antes do de vocês foi do M83, ele disse que foi “épico, épico, épico”. Essa foi a forma redundante de explicar como o álbum soava. Vocês tinham alguma coisa assim em mente, como a sua própria referência, ou foi Brand New Eyes a referência a ser superada?
HW: Só estávamos constantemente dilacerando nossos próprios muros. Eu acho que construímos uma fórmula e uma certa rotina como banda por tanto tempo, que depois de três álbuns era preciso fazer algo diferente. Ainda que nós não tivéssemos passado pelas mudanças que tivemos, ainda que nós fossemos uma banda de cinco integrantes, qualquer que fosse o caso, nós precisávamos de uma mudança. Então foi apenas sobre tentar de tudo um pouco, nunca dizer não à algo, a não ser que fosse uma ideia realmente ruim – eu tive uma dessas – foi apenas uma experiência extremamente libertadora e um plano muito aberto por todo o tempo. Isso foi diferente para a gente, talvez isso seja bastante normal para muitas bandas. Nós ainda não tínhamos experimentado isso até o quarto álbum. Nunca houve um plano, ou coisa do tipo, foi apenas “vamos fazer um ótimo trabalho e não fingir que sabemos tudo”.

DIS: O que vocês acham que aprenderam fazendo esse álbum ou isso é uma pergunta irritante para a qual vocês ainda não tem a resposta?
HW: Eu ainda não sei. Toda vez que eu o ouço eu lembro de alguma outra coisa que eu talvez seja agradecida por ter tido a chance de experienciar. Eu acho que eu aprendi que somos capazes de muito mais do que eu tinha pensado. Tínhamos muito mais em nós do que estávamos dispostos a acreditar.

DIS: Uma coisa que vocês disseram numa entrevista recente com a Absolute Punk, foi que não haveriam partes com dubstep no álbum. Essa foi uma decisão consciente?
TY: Elas eram todas no estilo dubstep. Então nós à mudamos. Dubstep é legal, mas não ficaria tão bom para o nosso álbum.

DIS: Maldito seja aquele álbum do Korn! Eu tive uma teoria no ano passado, não sei se vocês vão concordar, que os singles da Carly Rae Jepsen e da Taylor Swift eram bastante emos, meio que músicas super pops , que tocavam nas rádios quando vocês estavam no estúdio. Isso deu a vocês um “espere um minuto, vocês estão pisando no nosso território?”
HW: Hmm, não… risos

DIS: Mas de repente, rádios americanas se abriram para bandas de emo-pop e ainda mais música para bandas alternativas… 
HW: Sim, nós estávamos falando disso no avião. Os últimos anos de música foram muito excitantes. Há muitas bandas sendo lançadas e que são, digamos, um pouco mainstream… eles resistiram, eles passaram qualquer teste que eles precisavam passar para conseguir, mas ainda mantém o seu espírito. Bandas como Fun. tem feito isso e, obviamente, aquela música do Gotye foi gigantesca e causou um impacto em muitas pessoas. Elas começaram a se familiarizar com esse tipo de música. E isso foi muito emocionante para nós. Ao mesmo tempo, nós estávamos nos preparando para escrever, foi assustador. Ficamos nos questionando, se seríamos capazes de nos encaixar nisso quando voltássemos. Eu acho que isso não teve uma influência exata ou nos inspirou numa certa direção, mas no final eu estou muito feliz com o rumo que a música tomou e o fato de que nós estamos voltando. Eu sinto que tudo é realmente novo e animador.

DIS: Corrijam-me se eu estiver errado, mas liricamente, cada um de seus álbuns tem um ar de auto-combustão ou pelo menos uma ponta de algum tipo de crise existencial. Parece que às vezes vocês consideram a futilidade das coisas e que tudo isso poderia acabar, mas superar esses demônios os torna mais fortes e foca a mente de vocês. Como naquele pedaço “o mundo não precisa de outra banda”. Essa é a ideia situacionista que eu amo sobre a importância da morte. É basicamente um conceito que, meramente pensando sobre a morte, pode ser realmente encorajador e libertador. Com uma ouvida rápida do álbum, parece que essa ideia sobre ‘O Fim eleva sua cabeça novamente em algumas letras’. Eu acho que o que eu estou perguntando é sobre a ideia de que vocês olharam a morte nos olhos, momento em que vocês poderiam ter parado, mas seguiram em frente… houve uma nova liberdade com esse clima?
HW: É certamente uma escolha que eu acho que nós fizemos para sermos o que somos hoje, estarmos em uma banda. Mas às vezes não é realmente uma escolha, porque isso é o nosso propósito de vida, sabe? Se nós tivéssemos jogado tudo isso fora, seria muito triste. As últimas gravações, especialmente Brand New Eyes, liricamente falando, foi uma época muito difícil pra gente e foi importante que tenhamos superado – eu digo isso toda hora, a gente TINHA que superar aquilo para fazermos esse álbum – o quarto álbum é o que nós acreditamos… não que tudo tenha sido dito e feito no álbum de número quatro, mas eu acho que o quarto álbum é a razão do que nós começamos quando tínhamos 13 anos. Eu sinto como se tivesse sido uma grande jornada para chegar até aqui. É um sentimento muito bom, eu nem posso descrever como é fazer tudo até esse ponto e, yeah, tem sido muito libertador saber que nós constantemente escolhemos essa vida e esse estilo de vida que temos agora, fazendo música e compartilhando com as pessoas e nos conectando a elas. Mas como eu disse, ao mesmo tempo é um presente e, jogar isso fora, seria um absurdo. Eu não sei o que mais poderíamos fazer para nos sentirmos recompensados, determinados e preenchidos desta forma. É muito bom.

DIS: No novo single ‘Now’, você canta sobre não ser a hora nem o lugar para morrer. Você tem alguma preferência de lugar ou época?
HW: Ah! Eu espero que o NSYNC volte antes de eu morrer, é só com isso que eu me preocupo. E vocês?
TY: Eu tento não pensar sobre isso…

DIS: Eu só ouvi algumas músicas antes dessa entrevista, mas parece que vocês tomaram uma abordagem um pouco mais dramática e teatral na música. Vocês acharam que poderiam ser mais divertidos dessa vez?
TY: Existem um monte de coisas diferentes sobre o que as pessoas acharam da música. Honestamente, esta foi a primeira vez que nós ouvimos e achamos mais “teatral”. Eu não acho que foi um esforço consciente para fazer alguma coisa mais teatral, mas eu acho novamente que é a primeira vez que nos abrimos para novas direções. Eu penso que no meio disso tudo, há muito mais vida em nós agora. Acho que estamos mais entusiasmados e estamos nos divertindo mais, então talvez algumas dessas coisas faça parecer que a música é mais dramática e com sentimento teatral divertido. Essa música simplesmente aconteceu e, olhando para trás, é muito legal, mas eu realmente não sei como aconteceu ou como tomou esse rumo. Mas, definitivamente, não foi uma coisa consciente, mas é legal ouvir. Adoro ouvir a opinião de todo mundo…

DIS: Houve também o show no Reading, o jeito que vocês se vestiram, o jeito que vocês se apresentaram pareceu mais performático. Eu vi vocês algumas vezes e sempre tem alguns pulos e truques, mas pareceu ser um pouco mais teatral e carismático. Vocês planejam fazer alguma coisa nova este ano para levar os shows a um novo rumo?
JD: Flip duplo de costas.

DIS: Inspirado pelas Olimpíadas?
TY: Ah. Nós não sabemos ainda como será a performance do show, mas tudo parece ser diferente e novo, então provavelmente algumas coisas vão acontecer.
HW: O Jeremy é muito bom com elementos de produção. Para mim, quando nós estamos conversando sobre isso, não me vem nada à mente.
TY: Eu também.
HW: Estou realmente preocupada com o que as pessoas vão ver e eu apenas fico pensando…
TY: Você quer luzes?
HW: …eu só quero estar lá.
TY: Palco…
JD: Tragam fumaça!
TY: Fogos…
HW: Mas ele é realmente bom. As coisas que nós tivemos no Reading and Leeds, muito daquilo foi o Jeremy que falou com um cara, Ray, e colocaram a iluminação do show juntos, então minha aposta é no Jeremy.

DIS: O álbum está visando o futuro em muitas linhas. Com os shows ao vivo, deve ser divertido para vocês por terem guitarras sem cabos, permitindo as pessoas a fazer uma performance de um jeito que não era possível há alguns anos. Em termos de invenções, existe alguma coisa que vocês estejam à procura na música que os deixem animados, ou que vocês esperam que um dia exista?
HW: Isso é outra coisa que ele [cutuca Jeremy] seria bom em fazer…
JD: Você me colocou em um outro caminho de pensamento. Nunca pensei em todas as possibilidades de instrumentos! Bateria sem fio!

DIS: Há uma outra entrevista com o Justin que eu li, onde ele fala que ele tratou a gravação como se fosse nos anos 80, mas também em 2016. Esse tipo de ideia eu acho que é olhar com os olhos do passado para ver como será o futuro prometido. Foi isso que vocês sentiram com esse novo álbum, ou isso estava só na cabeça dele?
HW: Honestamente, nós continuamos brincando de que não fazíamos ideia… conversar com o Justin é tão [louco]… você aprende alguma coisa toda vez.  O vocabulário dele está em um nível que nós nunca tínhamos ouvido. Então ele sempre vem com maneiras incríveis de explicar tudo.
Ele mencionou alguma coisa desse tipo pra gente. Quando eu ouvi algumas das músicas e o sentimento que eu tive ao compor algumas delas, às vezes parecia que eu estava num filme do John Hughes, às vezes parecia um pouco como ‘De volta para o futuro’, havia sons que os caras traziam e pareciam coisas de outro mundo e realmente empolgantes, mas no fundo, acho que nós sempre estávamos buscando essas coisas em nossas maiores influências. Nós estávamos realmente abertos a inspirações, todos os tipos de inspirações, nós não tínhamos aquele luxo, tempo ou energia para mergulhar em todos os álbuns passados, então eu entendo totalmente quando ele fala isso e é realmente muito legal, pelo menos na minha opinião.

DIS: Não houve nenhuma invenção de instrumentos, especialmente no rock desde aquela época até então. Essas pessoas fizeram músicas com som bastante futurista utilizando coisas que foram simplesmente unidas…
HW: Nós assistimos a alguns vídeos de bandas dos anos 80 como a banda do Trent Reznor antes do Nine Inch Nails [The Innocent / Exotic Birds] e nós ficamos maravilhados com os sons e os cortes de cabelo.

DIS: Qual o o álbum auto-intitulado favorito de vocês?
HW: Meu Deus, você está brincando comigo?
JD: Estou pagando esses caras para resolverem isso.
HW: [depois de 30 segundos de silêncio pontuado por gemidos dela pedindo ajuda] Eu só quero olhar no meu iTunes.

DIS: Vocês devem ter tido um momento onde vocês sentiram que poderiam chamar o álbum de Paramore porque…
HW: Honestamente, essa coisa de “auto-intitulado” apenas aconteceu. Nomear os outros álbuns foi excruciante e também houve muita pressão e, esse foi como ‘a gente sabe, ele é o que é’. Mas eu quero dizer que existem um monte de excelentes álbuns auto-intitulados e eu acho que nós sempre fomos secretamente invejosos de álbuns assim, porque é como uma afirmação. Isso é o que nós somos. É como pregar um adesivo da banda no seu carro. O que eu fiz e faria novamente, se as pessoas parassem de me seguir por aí. Eu vou ficar pensando nisso por horas.

DIS: Você pode me enviar a resposta por e-mail.
HW: É, nós vamos de verdade, eu prometo a você, porque é muito frustrante.

DIS: Tem outra coisa que eu queria perguntar sobre inspirações. Existem algumas coisas que eu não esperava ouvir, uma delas é um pouco de Michael Jackson.
HW: Sim! Em “Ain’t It Fun”, talvez?

DIS: Existem outros vestígios que vocês esperam que as pessoas notem ou não, nas músicas que inspiraram vocês?
TY: É muito empolgante ouvir a interpretação de todo mundo. As pessoas disseram isso quando estávamos gravando, mas não foi tipo “vamos tocar Michael Jackson”. Isso só simplesmente aconteceu. Talvez não tenha soado dessa forma, mas nós não tínhamos a intenção de nenhuma dessas coisas.

DIS: Parece que vocês sempre foram ligeiramente mais livres e, pelo jeito, tiveram que ficar confinados dessa vez para fazerem, o que é esperado de uma banda de rock.
TY: Exatamente! Eu acho que nós encontramos muito conformo em saber que nossos fãs obviamente estavam conectados aos nossos últimos três álbuns, foi como nós construímos nossa base de fãs. Quando nós tocamos shows ao vivo, nós ainda temos todas aquelas músicas para tocar e eles podem balançar a cabeça e enlouquecer e eu acho que nós só queríamos explorar as coisas. Espero que nossos fãs estejam crescendo com a gente e queiram ouvir algo um pouco diferente. Não que nós estejamos tentando abandonar completamente o lugar de onde viemos.

DIS: As pessoas não querem mais do mesmo. As pessoas não querem mais do mesmo. As pessoas não querem mais do mesmo…
TY: Bom, algumas pessoas querem.
JD: Algumas bandas surgem com um novo álbum e isso é tudo o que eles tocam ao vivo. Nós não queremos fazer. Nós definitivamente gostamos de tocar tudo o que temos.
HW: Qual é o meu álbum auto-intitulado favorito? Eu vou ficar pensando nisso por dias.


Fonte: Paramore Brasil

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