Image Map

10.7.15

Entrevista da Hayley e Chad para a Alternative Press

| |

Como postado anteriormente, Hayley e Chad estão em uma das capas da edição comemorativa da revista Alternative Press. Confira a entrevista traduzida:

Esse mês, indicada a Artista do Ano, a banda New Found Glory está lançando o remake da pop-punk “Vicious Love“, do álbum Resurrection. Quão doce é a nova versão? Ela conta com a participação da vocalista da banda Paramore, que, também, foi indicada a Melhor Vocalista, Hayley Williams, então, bem doce.  E se você já adquiriu seu ingresso para o APMAs, você verá Williams e NFG tocando-a ao vivo. O guitarrista da banda NFG, Chad Gilbert, e Williams nos contaram sobre a história por trás do single e sobre como a Hayley gosta de tietar os colegas de banda de seu noivo.

Qual a história por detrás dessa nova versão?

Gilbert: A música, originalmente, estava no Resurrection. Eu queria refazê-la, então eu cheguei até a Hayley e disse, “ei, pode me dar uma ajuda em escolher uma voz feminina legal para cantar nessa música?” (Risadas) Ian [Grushka, baixista do NFG] ama Kacey Musgraves e uma vez eu vi um post em que ela disse que a primeira vez que se atirou na plateia foi num show do New Found Glory. Hayley é amiga dela e pensamos “Talvez, nós podemos fazer isso ou…”

Hayley Williams:…e eu [aponta para si mesma, limpando a garganta]
Gilbert:… E eu falei “você? Isso é um tanto quanto óbvio para mim.” Ela disse “não. Eu amo o New Found Glory. Eu quero fazer e eu sei que eu arrasaria.” Então, eu disse para ela “obviamente, eu não vou te dizer ‘não'” – a banda a ama e amamos a voz dela e ela é tão talentosa – e eu acho que [sua contribuição] faz a música especial, pois foi inspirada nela.
A música não é daquelas perfeitas de amor: é fácil ver fotos minhas e da Hayley no Twitter e pensar “ah, eles são perfeitos”. A realidade é que qualquer relacionamento, mesmo que esteja indo bem, não é fácil.
Nós tivemos uma fase em que estávamos constantemente brigando, e eu sinto que quando você está nesse momento, vivendo essa tensão, faz você perceber que a relação vale a pena. Quando as pessoas estão em um relacionamento e começam a brigar – esse estágio sempre acontece – e quando a maioria das pessoas abandona o relacionamento, para nós, foi um momento de aprendizagem. Aprendemos que gostando mesmo um do outro, depois que passamos por tudo.

Mas vocês tem um relacionamento do tipo que você pode chegar e falar algo como “eu não posso falar agora. Estou conversando com o Dave Grohl e o Trent Reznor”, e ninguém vai falar “quem é mais importante, estrelas do rock ou eu?”. “Pessoas normais” levariam isso como uma afronta ao relacionamento.

Gilbert: Totalmente. Eu estava no Shai Hulud quando tinha 14 anos; minha vida inteira me levou a Hayley por causa da música. (…) Uma das razões pela qual nós achamos equilíbrio no nosso relacionamento foi porque nós sabemos que não podemos existir sem fazer o que amamos. Tirá-la de onde ela ama não seria onde ela deveria estar – nem eu. Nós dois queremos as melhores versões do que podemos ser.

Williams: Nós estamos sendo super sortudos por estarmos em bandas separadas, porque quando nos reunimos, tornamos nosso relacionamento mais forte. Quando pessoas não estão vivendo o que elas querem, isso é descontado não apenas em relacionamentos românticos, mas no seu relacionamento consigo mesmo.

Gilbert: [para Hayley] Posso falar para ele?

Williams: [sorri] Eu não ligo.

Gilbert: Lembra do cruzeiro Parahoy? Nós não estávamos juntos.

Williams: [risos] Foi horrível.

Gilbert: Estávamos em um barco no oceano por 4 a 5 dias com vários fãs de Paramore me perguntando “cadê a Hayley?” e eu ficava tipo, “ela está ótima”. Nós não contamos pra ninguém porque sempre mantivemos um relacionamento privado. Naquela época vivemos algo como Vicious Love“.

Williams: Você tem que descobrir quem é sozinho. Sua identidade acidentalmente se torna a própria banda na qual você está por 10 anos. Mesmo se você não estiver numa banda, eu acho que isso ainda pode acontecer quando se perde algo, você fica tipo, “quem sou eu?”

Tem um senso de otimismo nessa música. E você pode se apaixonar ou escrever uma letra como em Querido John pra isso. E as pessoas podem ouvir isso nos APMAs.

Williams: Isso vai ser legal.

Gilbert: Hayley sempre canta melhor ao vivo. É verdade.

Williams: New Found Glory nunca teve um show ruim, mas eu juro que em todo show, Jordan (Pundik, vocalista) vem até mim e fica tipo [imita um cara nervoso] “Ahhh, eu não tenho certeza disso. Ahhh, eu não gosto da minha blusa. Ahhh, minha voz.” [risos] Eu tento ensiná-lo aquecimentos, dou chá ou qualquer coisa. Até quando eles dizem que são ruins, New Found Glory não é ruim de jeito nenhum. Eu amo assisti-los e estar em cima do palco com eles é um bom momento.

Hayley é a maior fã do New Found Glory porque ela tem tempo de animar o vocalista.

Gilbert: Ela nos fez máscaras faciais depois do show na Bélgica. Nós saímos do palco e ela estava tipo, “você tem que provar essas máscaras!”

Williams: [risos] Tentei deixá-los com um rosto mais jovem. Você devia ter sentido a pele deles, ficou parecendo lã depois. Tão macia como a de um bebê.

Hayley Williams, indicada na categoria “Melhor Vocalista”, foi individualmente entrevistada por Jason Pettigrew. Confira a tradução:

Vamos usar a máquina do tempo por um momento e viajar para 2006? Quando vocês tocaram no palco secundário do Taste Of Chaos…

Williams: Isso foi em 2005! [Sorri]

Então, imagine tocar aqueles shows, sozinha, apenas com violão. Se você pudesse falar algo, o que diria para a Hayley de 2005?

Williams: Eu penso muito sobre aqueles dias, pois eu sou uma pessoa super nostálgica e eu amo relembrar. Mas eu nunca imaginaria que, em 10 anos, nós estaríamos ativos. Acho que eu nunca imaginei que estaríamos assim. Especialmente, porque eu era ingênua a ponto de pensar que sempre seríamos cinco, que sempre seria o mesmo, como num filme, só que sem o conflito. [Ri]

Seu sucesso veio gradativamente, mas como os filósofos gostam de frisar, “O caminho é a recompensa”. Ou algo assim.

Williams: Eu gosto, pois eu era otimista por um tempo; Hoje em dia, eu sou bem realista em função da experiência de vida que eu tenho, mas fico super orgulhosa que isso não tenha me influenciado. Em 2015, nós escrevemos uma música que ganhou um Grammy e eu fiquei noiva – coisas imensas que não conversamos sobre, pois achávamos que nos traria má sorte e que não aconteceriam. Fico muito grata que não jogamos a toalha e desistimos do Paramore.

O que você faria se o Paramore não existisse?

Williams: Eu também penso nisso. Agora que eu sei o que sei e que chegamos tão longe, eu me envolvo com outros projetos, como participações em outras músicas ou agora, com o meu amigo Brian – que cuida do meu cabelo e maquiagem na estrada – estamos lançando uma linha de tintas para cabelo. Tudo que eu tenho na minha vida, eu devo ao Paramore. Se eu fosse apenas uma garota de 26 anos, eu não tenho certeza quais seriam os meus interesses. Eles poderiam ser ligados à música, mas em relação aos meus relacionamentos e as pessoas que me moldaram, tudo faz parte do meu mundo com o Paramore.

O que mais você ainda quer fazer como artista? O que está na sua criativa lista?

Williams: Não tenho urgência em lançar-me em carreira solo. Não sinto que a banda sufoque o meu lado criativo. Eu não acho que faria música por conta própria. Eu faço melhor no meio da banda e assim me sinto em casa. Sou muito feliz sempre que estou compondo com o Taylor [York, guitarrista] e o Jeremy [Davis, baixista]. É sempre uma nova sensação de dever cumprido. Tem muitos cantores que eu acho que não são totalmente satisfeitos com o resultado do trabalho deles em grupo, então acabam saindo e buscando a identidade deles por conta própria – e eu nunca senti isso. Eu fico mais curiosa para saber o que o Paramore fará no futuro.







Nenhum comentário :

Postar um comentário